domingo, 19 de setembro de 2010

PALHAÇA EU NÃO SOU!

Tenho 32 anos de idade e dez trabalhando na SEC/ BA, como professora de inglês e português e mais recente como vice-diretora!

Quis/ Quero parabenizar o então vereador, Gabriel Chalita, pelas palavras proferidas por ele sobre a prova de certificação ocorrida em SP no ano passado, prova essa que ocorreu na Bahia em 19/10/10.

Ocorreu? PAF I, PAF II, PAF III! Não sei ao certo o que aconteceu, mas nesses lugares a prova não foi aplicada!

Fiz a minha inscrição, mas não fui fazer a prova!

Na verdade, fiz a minha inscrição por fazer...estranho dizer isso, não? Mas fiz!

Sempre falei e falo antes mesmo da pronúncia de Chalita: todos os profissionais passam por professores, e por que essa classe é tão desvalorizada?

O que falta para eles perceberem que, como disse o próprio Chalita, "o professor é a alma do processo! Se há culpa na Educação é dos gestores políticos!"

Uma provinha irá medir os meus conhecimentos a ponto de assim eu ser merecedora de um aumento?

Não tem mesmo outro jeito de eu ser avaliada? Por que não "questionar" alunos, funcionários, comunidade...gestão democrática...

Não consigo entender...
E o "nosso" sindicato luta de fato pelos nossos direitos? Ele é comprado? Não sei...

No governo anterior, aconteceu também uma certificação (cuja oposição lutou contra), mas essa é pior ainda, pois além de instituir um número de vagas, faz uma série de exigências! Loucura!

Não sou palhaça!

Sou uma professora que ainda acredita numa educação pública de qualidade!

E agora? O que irá acontecer com aqueles professores que quiseram fazer a tal avaliação e tiveram esse direito negado (eta classe desunida!) Respeito, mas não aceito essa posição!

Será anulada a prova? Soube que não!

Pergunto de novo: e agora?

Abraços!

Vejam abaixo o pronunciamento de Chalita e deem a sua opinião!

5 comentários:

  1. Concordo plenamente com vc Anaíse!!! É impressionante como ainda somos obrigados a ver e passar por esse tipo de situação... nem vou completar a minha opinião para não ter que falar do REDA. Ainda acredito que um dia a nossa classe será reconhecida!!

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  2. Cara amiga, foi uma sensação estranha, mas emocionante. Ver as pessoas gritarem fraude, acabou, parem, respeitem-se... E todos saindo, uns apoiando e outros não. Como vc mesma diz, e eu concordo, eta classe desunida. Concluo isso pelas próprias asembleias, completamente vazias...horrível. Vamos ver no que vai dar, pois não conclui a prova, não entreguei e ainda sai com prova em mãos.
    Clísia Costa

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  3. Muito bom seus comentarios minha amiga e colega. Entrtanto, senti falta dessas discussões no dia a dia da escola e fiquei me questionando sobre o movimento e inquietações ocorridos ano passado devido a enturmação, mas diante da certificação...?? O que vi e ouvi foi muitos se inscrevendo e hoje recebi vários e-mails de colegas chateados com os "baderneiros" que não permitiram o término da prova no PAF.
    Vamos ver onde tudo isso vai chegar!!!!

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  4. "Cara Anaíse Paim, falar de educação escolar pública é falar do presente e do futuro. É alertar e mobilizar toda sociedade em acordo com os governantes de que nada se transforma beneficamente e nem se desenvolve num País, se nossa sociedade política federal, estadual e municipal abandonar e empobrecer os pesquisadores acadêmicos, doutores, mestres, professores e educadores profissionais. É dever da sociedade política dar infra-estrutura educacional de qualidade as instituições de ensino públicas e qualificar, capacitar, valorizar e remunerar satisfatoriamente nossos educadores sem precisar avaliá-los, pois concordo com o grande Pensador e Educador Gabriel Chalita: Porquê não é feita avaliação com todos os políticos e profissionais do nosso País? Porquê só com os professores?. É preciso que nossos governantes tornem o capital humano desses profissionais-insumos da Cultura Geral do mundo que são os Educadores profissionais num valor que faça eles adquirirem todos os seus direitos sociais para que eles se auto-capacitem e se auto-qualifiquem autonomamente para assim eles descortinarem a verdadeira social-democracia pelo fato de que só eles formam profissionais completos, qualificados, seguros, ensinantes e competentes que trabalhem para tornar sua sociedade social-democrata desenvolvida, rica e competitiva. É preciso, no Brasil, que os governos federais, estaduais e municipais cumpram o novo piso mínimo salarial de R$ 950,00 para todos os professores federais, estaduais e municipais e remunerem bem todos os funcionários de todas escolas e universidades públicas, pois só assim faremos a nova educação escolar e popular no nosso País que formará Homens Completos (estudante, ensinante, cidadãos-políticos e profissionais médios ou superiores) qualificados, seguros, inesgotáveis e competentes que produzirão a Cultura geral benéfica, educativa e sustentável do Conhecimento popular e escolar da nova sociedade social-democrata, justa e igualitária brasileira".

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  5. No dia em que a educação for realmente uma prioridade nesse país, talvez o gigante deixe de ficar deitado eternamente em berço explêndido. ACORDA BRASIL!

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